Planejamento financeiro pessoal: o que é e qual a importância de fazer?
Se planejar financeiramente não é uma tarefa impossível. Na verdade, ela pode ser mais simples do que parece. Quando esse processo se torna um hábito, você passa a enxergá-lo como um grande aliado na realização dos seus sonhos.
Quer saber como isso é possível? Acompanhe a leitura e entenda finalmente o que é o planejamento financeiro pessoal, a sua importância e como utilizá-lo!
Vamos lá?
O que é um planejamento financeiro e como ele funciona?
O planejamento financeiro é uma ferramenta que ajuda a identificar a melhor maneira de utilizar o seu dinheiro. Logo, ele permite otimizar os seus gastos, ter uma vida financeira tranquila e conquistar objetivos.
Para isso, o planejamento funciona como um documento com todas as suas informações financeiras — como ganhos líquidos e gastos. Eles podem ser registrados como achar melhor, utilizando recursos como planilhas ou aplicativos, pois assim é mais fácil visualizar as finanças, ou o bom e velho papel e caneta.
Um ponto importante que merece destaque é que todo planejamento financeiro também deve incluir as suas dívidas (no prazo ou vencidas), os bens adquiridos e os seus objetivos. Então, a partir desse panorama, você pode direcionar os recursos financeiros com base nas finanças atuais e as metas para o futuro.
Nesse sentido, vale saber que existem três principais tipos de planejamento financeiro, sendo eles:
- planejamento financeiro empresarial: utilizado na gestão de finanças de uma empresa;
- planejamento financeiro familiar: que engloba os recursos financeiros da família;
- planejamento financeiro pessoal: concentrado nas finanças individuais.
Importante: os conceitos do planejamento individual podem ser adaptados para um cenário familiar. Desse modo, se você quer organizar as finanças pessoais e da família, pode seguir as dicas que encontrará por aqui, combinado?
Para que serve esse plano?
Agora que o conceito de planejamento financeiro pessoal está bem nítido, é hora de saber para que serve essa ferramenta, não é mesmo? Na prática, ela oferece uma visão completa sobre a sua realidade financeira para que você possa definir como utilizar o dinheiro no futuro.
Para ser mais fácil de entender, considere os seguintes exemplos!
Situação 1: orçamento equilibrado
Imagine uma pessoa com salário líquido de 2 mil reais e com despesas fixas e variáveis por volta de 1,5 mil reais — entre aluguel, mercado, energia, água e internet. Nesse caso, há 500 reais livres, que podem ser bem utilizados ou não.
O que definirá se esses recursos serão utilizados adequadamente é um bom planejamento financeiro, concorda? É interessante ressaltar que o dinheiro bem utilizado é aquele que permite alcançar objetivos, sem comprometer a saúde financeira e a sua qualidade de vida, beleza?
Voltando ao exemplo, se essa pessoa tem um planejamento financeiro eficiente, ela pode direcionar os 500 reais de modo a atingir suas metas. Imagine que elas são: comprar uma bolsa, fazer um curso e se aposentar.
Então o dinheiro poderia ser dividido da seguinte forma:
- 100 reais para comprar a bolsa;
- 200 reais para aposentadoria;
- 200 reais para o curso.
Dessa forma, o planejamento financeiro serve como uma bússola que ajuda a direcionar os recursos financeiros. Ele também permite entender quando você pode atingir os seus objetivos e qual é a quantia necessária para isso.
Outro ponto importante é que o planejamento permite visualizar o andamento do processo para atingir suas metas. E essa visão tende a estimular a organização financeira, contribuindo para a boa saúde do orçamento.
Situação 2: orçamento apertado
No exemplo anterior, você viu uma pessoa que tem orçamento equilibrado, paga as contas e tem recursos para investir. Mas se ela tivesse gastos maiores que os ganhos e acumulasse dívidas? O planejamento financeiro ainda serviria? Certamente que sim!
Ao elaborar esse plano, é possível diagnosticar a sua vida financeira e identificar os pontos que merecem atenção para sair do vermelho. Por exemplo, na parte de organizar o orçamento, a pessoa pode perceber que a conta não fecha e que os gastos com delivery estão altos.
Então fica mais fácil se planejar para reduzir os pedidos de comida e fazer os seus custos caberem em seus ganhos, por exemplo. Se mesmo assim a situação financeira ficar apertada, a pessoa pode verificar outro custo que possa reduzir ou tentar fazer renda extra para equilibrar as finanças.
Com isso, é possível fazer um planejamento voltado para quitar as dívidas e poder ter uma vida financeira saudável. Dessa forma, mesmo quem está com orçamento apertado pode pensar em poupar dinheiro para realizar seus sonhos.
Por que é importante fazer um bom planejamento financeiro?
Sabendo para que serve o planejamento financeiro, já deu para ter uma noção da importância dele, não é mesmo? Contudo, é sempre bom reforçar como essa ferramenta faz a diferença na vida financeira de qualquer indivíduo.
Sabe aquela pessoa que, mesmo ganhando pouco, consegue realizar diversas conquistas? Então, provavelmente, ela tem um bom planejamento financeiro, ainda que nem se dê conta disso. Nesse caso, o orçamento é equilibrado e cada gasto é planejado com consciência.
O contrário também pode acontecer: a pessoa tem bons ganhos, mas não consegue acumular patrimônio e atingir seus objetivos financeiros — e ainda pode ter dívidas. Essa situação é um exemplo de quem gasta sem planejamento financeiro.
Agora imagine alguém que ganha bem e tem um bom planejamento dos gastos. Essa pessoa tem mais chances de construir um estilo de vida confortável, realizar seus desejos, montar patrimônio e até se aposentar com mais qualidade de vida.
Com esses exemplos, é possível perceber o quanto um planejamento financeiro pessoal é essencial para ter uma vida financeira saudável e obter o melhor que o seu dinheiro pode oferecer.
Qual é a diferença entre orçamento e planejamento financeiro?
Quando se fala em planejamento financeiro, é comum que as pessoas confundam essa ferramenta com outra: o orçamento financeiro. Embora os dois termos sejam frequentemente usados como sinônimos, existe diferença entre eles.
Na prática, o orçamento financeiro é o documento em que se coloca todas as despesas e as receitas, seja pessoal, familiar ou de uma empresa. Com ele é possível saber:
- quanto se ganha;
- quanto se gasta;
- como o seu dinheiro é gasto;
- se está faltando recursos;
- se está sobrando dinheiro;
- o valor que sobra ou falta no seu orçamento.
Já o planejamento pega todas essas informações para direcionar o dinheiro a fim de ter uma boa saúde financeira e atingir sonhos. Isso significa que o orçamento é uma etapa da elaboração do plano financeiro.
Como fazer um bom planejamento financeiro pessoal?
Agora que você já entendeu o que é o planejamento financeiro pessoal e a relevância dele, que tal algumas dicas para fazer o seu plano de finanças?
Acompanhe!
Prepare-se psicologicamente
O primeiro passo para fazer um planejamento financeiro pessoal é se preparar psicologicamente. Afinal, lidar com finanças pode ser uma tarefa mais fácil para algumas pessoas do que para outras, no entanto, ela é necessária para todos que desejam ter uma vida financeira saudável.
Tente fazer com que esse momento seja o mais agradável possível e, para isso, vale colocar uma música que goste, comer o seu prato preferido e, até mesmo, chamar alguém para fazer companhia. Pense que essa atividade não é uma obrigação a ser cumprida, mas uma etapa importante do processo de realização dos seus sonhos.
Faça o seu orçamento financeiro
Com o momento do planejamento financeiro preparado, é hora fazer o seu orçamento. Como falamos acima, ele é uma etapa que não dá para pular. Afinal, sem saber como estão as suas finanças, é impossível planejá-las, concorda?
A seguir, veja como fazer seu orçamento!
Liste todos os seus ganhos
Primeiramente, você deve listar todos os seus ganhos — salário, renda extra, renda passiva etc. Além disso, lembre-se de apontar os valores líquidos, ou seja, já descontados os impostos, contribuições, descontos e outras taxas.
Isso é essencial para que você não conte com o dinheiro total quando, na verdade, uma parte não está disponível para uso. Aliás, esse é um dos motivos para que as pessoas fiquem endividadas, pois pensam que recebem mais do que ganham de fato.
Liste todos os seus gastos
Com os ganhos listados, você deve anotar todos os seus gastos. Para simplificar e deixar o seu orçamento mais organizado, é possível separar os custos em:
- fixos: aqueles gastos mensais que não têm variação de preço em um curto período, como aluguel da moradia, mensalidade escolar, internet, prestação do carro etc.;
- semivariáveis: os gastos mensais que podem apresentar variação entre um mês e outro, como energia, água, telefone e compras de mercado;
- variáveis: gastos que podem variar bastante ou que não acontecem todos os meses, como compras de roupas, passeios, restaurantes, presentes e outros.
No caso dos gastos semivariáveis e variáveis, você pode consultar os extratos bancários dos meses anteriores para tirar uma média mensal. Se isso não for possível, faça a anotação de todos os seus gastos durante um mês para ter uma base para fazer seu orçamento financeiro.
Faça um diagnóstico
Após elaborar as listas de ganhos e de gastos, é o momento de fazer um diagnóstico do seu orçamento. Se você gasta menos do que recebe, a sua saúde financeira é estável! Agora, se seus custos são maiores que seus ganhos, o quadro é mais grave.
Se esse for o caso, saiba que, quanto mais cedo você intervir, melhor pra sua vida financeira. Com cuidado e aplicando boas práticas, logo ela poderá ser saudável!
Defina os seus objetivos financeiros
Os objetivos financeiros são as conquistas relacionadas ao dinheiro, como juntar dinheiro para comprar uma casa, fazer uma reserva específica para viajar ou se aposentar. Assim, eles servem como um guia para o planejamento financeiro e motivações para manter a disciplina nas finanças.
As metas podem ser divididas em curto, médio ou longo prazo, conforme a data que você estipular para cumpri-las. Por exemplo:
- objetivo de médio prazo: viagem de férias;
- quando pretendo alcançá-lo: em 6 meses;
- quanto preciso para essa viagem: 3 mil reais;
- quanto devo poupar mensalmente: 500 reais.
Perceba que, ao fazer isso, os seus sonhos se tornam mais palpáveis. Na verdade, eles deixam de ser apenas desejos para se tornarem um compromisso seu com você mesmo. Com essa visão, você reduz as chances de gastar com o que não é essencial e passa a investir nos seus objetivos.
Determine para onde vai o seu dinheiro
Uma vez que você conhece os ganhos, os gastos e seus objetivos financeiros, será o momento de direcionar o seu dinheiro. Ou seja, planejar como você quer gastar os seus recursos. Esse momento pode ser um pouco trabalhoso, pois é necessário encaixar os valores no orçamento.
Para facilitar, você pode se planejar estabelecendo porcentagens sobre os seus ganhos mensais, como:
- 60% para gastos essenciais;
- 30% para investir em seus objetivos;
- 10% para gastar como quiser.
Há também aqueles que preferem um orçamento 50-30-20 para organizar sua vida financeira em necessidades, desejos pessoais e metas financeiras.
Invista seu dinheiro
Ao contrário do que muita gente pensa, investir não é somente para ricos. Aliás, você sabia que dá para fazer investimentos em títulos do Tesouro Direto a partir de 30 reais diretamente do seu celular? Pois é, não existem argumentos para não alocar seu dinheiro!
Ao investir, você multiplica o seu capital, fazendo ele trabalhar para alcançar seus objetivos mais rapidamente. Portanto, busque conhecimento para aplicar seu dinheiro da melhor maneira possível!
Coloque o seu planejamento financeiro em prática
Com o seu planejamento financeiro em mãos, é o momento de colocá-lo em prática. Para isso, é necessário anotar todos os seus gastos. O processo deve ser observado, pelo menos, até você ter uma noção de como gasta o seu dinheiro.
Depois, cada vez que pensar em gastar dinheiro, lembre-se do seu planejamento. E, para evitar as tentações que podem surgir, tente seguir as próximas dicas:
- saia apenas com cartão de crédito, e use-o de forma inteligente;
- evite fazer compras impulsivas, ou seja, sem planejamento ou real necessidade;
- compre à vista sempre que puder.
Recalcule a rota sempre que precisar
Por fim, tenha em mente que um planejamento financeiro pessoal não é engessado e pode ser necessário alterá-lo ao longo do tempo. Afinal, é normal que os objetivos mudem, assim como os ganhos e custos se alterem, certo?
Ademais, vale saber que ter um plano financeiro — e segui-lo — pode ser difícil nos primeiros meses, e é comum escorregar nessa hora. Se estiver muito difícil, você pode rever a rota e buscar formas mais fáceis de consolidar os bons hábitos financeiros.
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