O que é inadimplência e como ela afeta o seu dia a dia?

O que é inadimplência e como ela afeta o seu dia a dia?

Você sabe o que é inadimplência? Essa é uma situação que pode acontecer ao atrasar parcelas e fazer dívidas, seja quando você gasta mais do que poderia ou porque esqueceu de pagar uma dívida. Se você não der atenção ao assunto, esse cenário pode ter efeitos negativos no seu dia a dia.

O ideal é organizar as suas finanças para não ficar inadimplente e, se o quadro for inevitável, já saber o que fazer para reverter a situação e voltar a ter uma vida financeira saudável.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste artigo, você entenderá o que é inadimplência, como ela pode afetar o seu dia a dia e como sair do vermelho ao se relacionar melhor com o próprio dinheiro.

Aproveite a leitura!

O que é inadimplência?

Provavelmente você precisa lidar com diversos compromissos financeiros ao longo de um mês, certo? Existem contas para pagar em casa, gastos com alimentação e moradia, saídas com amigos, fatura do cartão de crédito e tantos outros custos.

Por esse motivo, é fundamental se planejar para fazer todos os pagamentos no prazo e se manter em dia com suas finanças. Entretanto, nem sempre isso é possível, concorda?

Em alguns meses, é comum ter gastos inesperados que impactam seu orçamento. Em outros, você pode se confundir com os prazos e simplesmente esquecer de efetuar um pagamento, por exemplo.

Nesse sentido, a inadimplência representa o não pagamento de obrigações financeiras. Ou seja, independentemente do tamanho da dívida, o atraso no pagamento transforma a pessoa em inadimplente perante o mercado.

Como ela acontece?

Agora que você descobriu o que é a inadimplência, vale a pena compreender como ela ocorre. Para começar, é importante entender que o conceito não é um sinônimo para dívidas, beleza?

Na verdade, as dívidas representam os seus compromissos financeiros ou contas a pagar. Por exemplo, se você contrata um empréstimo, terá de arcar com as parcelas dele regularmente, conforme o acordo feito com o banco. Assim, você terá essa dívida por diversos anos.

Já a inadimplência é a falta de pagamento de contas já vencidas. Ou seja, ela pode ser uma consequência do acúmulo de dívidas e da falta de planejamento para quitar os compromissos que você assumiu.

Muitas vezes a inadimplência acontece após dificuldades que podem surgir no seu cotidiano. Se você perder o emprego, por exemplo, pode ser mais difícil arcar com o pagamento das contas sem essa renda, não é?

Outra situação que pode levar à inadimplência é a falta de organização financeira. Ela costuma ocorrer quando você não controla o uso do seu dinheiro e não confere suas despesas. Ao gastar mais do que poderia, você acaba ficando no vermelho e não consegue pagar as dívidas. Você se identifica com esse caso?

Como a inadimplência afeta seu dia a dia?

A inadimplência pode afetar seu dia a dia de diferentes maneiras. Primeiramente, podem ocorrer grandes impactos no seu planejamento financeiro. Isso acontece porque você terá que reorganizar todo o orçamento para quitar os compromissos em atraso.

Desse modo, outras áreas da sua vida tendem a ser afetadas. Você precisará fazer escolhas e cortar gastos, como por exemplo, deixar de sair com os amigos e de aproveitar outros momentos de lazer enquanto paga as contas atrasadas.

Outra consequência é que você pode ficar sem recursos disponíveis para fazer investimentos no mercado financeiro ou para guardar para sua viagem ou reforma da casa. Ou seja, acaba ficando mais difícil alcançar os seus objetivos, já que você investe e acumula menos dinheiro.

A inadimplência também pode aumentar o valor da sua dívida. Isso acontece porque, após o atraso, é comum que juros e multas sejam cobrados sobre o valor original. Dependendo da porcentagem das taxas, surge uma bola de neve financeira, impactando ainda mais o seu planejamento.

Ao não quitar as dívidas, você corre o risco de ficar com o CPF com Restrição em instituições como Serasa e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O cenário é popularmente conhecido como “ficar com o nome sujo”.

Com o seu nome negativado, será mais difícil conseguir crédito, como empréstimos e financiamentos, com boas condições. Afinal, seu histórico com dívidas representará um risco para as instituições financeiras.

Como sair do vermelho e ter uma vida financeira saudável?

Como você viu, a inadimplência é um cenário que pode afetar bastante o seu cotidiano. Pensando nisso, a seguir você entenderá como sair do vermelho e ter uma vida financeira mais saudável.

Confira!

Identifique a situação das suas finanças

O primeiro passo para sair do vermelho é avaliar como anda a sua situação financeira. Ou seja, a intenção é identificar todas as contas atrasadas e organizá-las de acordo com a ordem de prioridade. Esse processo é importante para começar a traçar planos para sair das dívidas.

Você pode dar preferência, por exemplo, para as contas essenciais do dia a dia — como energia ou moradia. Caso sua inadimplência não seja com gastos obrigatórios, a dica é priorizar aquelas que cobram os juros mais altos por atraso.

Renegocie as dívidas

Após identificar a sua situação financeira e as contas que estão atrasadas, você já vai conseguir definir se tem os recursos necessários para fazer o pagamento. Se você tiver o dinheiro, é o momento de quitar os compromissos e regularizar sua situação no mercado.

Quando isso não é possível, você pode tentar renegociar a dívida com os credores. Essa é uma possibilidade porque é do interesse das empresas receberem o dinheiro que está em atraso. Ao renegociar, você pode solicitar um prazo maior, parcelar a dívida, reduzir os juros ou até conseguir descontos.

É o caso de uma proposta que envolva zerar os juros se o pagamento for feito à vista, por exemplo. Qualquer que seja a condição, essa etapa ajuda a alinhar as dívidas com a sua realidade financeira. Mas só assuma um novo compromisso se realmente puder cumprir o acordo, combinado?

Organize suas finanças

Após separar as dívidas por ordem de prioridade e conseguir novas condições de pagamento, é hora de organizar as suas finanças. O objetivo é se relacionar melhor com o seu dinheiro, evitando futuras dívidas.

Nesse caso, o primeiro passo é identificar a sua renda líquida mensal. Isto é, quanto dinheiro realmente chega às suas contas todos os meses após a incidência de impostos e outros descontos. Essa avaliação é útil tanto se você for um empreendedor ou funcionário de carteira assinada.

Após essa identificação, você deve dividir esses recursos entre as áreas mais importantes do seu planejamento. O método 50-30-20 é uma das abordagens que você pode utilizar para organizar as suas finanças.

Nele, você destina 50% da renda para as despesas obrigatórias (como as contas fixas), 30% para outros custos pessoais e o restante para investimentos ou quitação das dívidas. Interessante, não é mesmo?

Essa abordagem também pode servir apenas como referência. Caso ela não esteja alinhada com sua realidade financeira do momento, você pode definir outros percentuais mais adequados, que o ajudem a quitar as dívidas e melhorar sua saúde financeira.

Acompanhe todos os seus gastos

Para sair do vermelho e melhorar sua vida financeira, é essencial acompanhar os seus gastos. Como você percebeu, a desorganização ao usar o dinheiro é um dos fatores que podem fazer com que você fique inadimplente.

Para fugir dessa situação, é fundamental gastar menos do que você ganha. Embora a dica possa soar óbvia, não é incomum encontrar pessoas que ignoram essa regra. É o caso de quem não economiza durante o mês ou até excede a sua capacidade de pagamento.

Essa falta de controle sobre os gastos coloca em risco todo o seu orçamento. Afinal, se você já estiver lidando com a inadimplência, pode ser ainda mais difícil ter os recursos disponíveis para quitar os próximos compromissos financeiros, não é mesmo?

Logo, vale a pena buscar métodos de economia e organização do orçamento e, de fato, aplicá-los. Além disso, é essencial monitorar o seu dinheiro e saber exatamente para onde ele vai, ajudando a evitar gastos desnecessários ou por impulso.

Faça economias inteligentes

Você também pode alcançar uma vida financeira saudável fazendo economias inteligentes em seu cotidiano. Voltando ao método 50-30-20, a parcela de 30% será destinada para gastos pessoais — como saídas com amigos, compras e serviços de assinatura.

Essa é a parcela dos gastos em que mais pessoas se complicam financeiramente. Quando não há controle, é comum que ocorram gastos excessivos com itens supérfluos — o que impacta o orçamento do mês.

Para evitar que isso aconteça, vale a pena fazer cortes de gastos de modo inteligente. Ou seja, você não precisa se privar de tudo ou viver sem conforto. A intenção é, principalmente, cortar o que não faz falta no seu cotidiano, como as compras desnecessárias ou serviços não usados.

Também é oportuno buscar promoções nas suas compras do supermercado para reduzir gastos, por exemplo. Ainda, você pode aplicar métodos para reduzir a quantia de suas despesas fixas, como a conta de energia.

Essas economias inteligentes contribuem para você ter mais recursos disponíveis no mês. No final, o dinheiro poupado poderá servir para reverter o cenário de inadimplência e minimizar as chances de você lidar com dívidas novamente no futuro.

Use o cartão de crédito como aliado

O cartão de crédito é, muitas vezes, visto como um vilão no planejamento financeiro das pessoas. Afinal, ele pode levar ao descontrole sobre seus gastos ao longo do mês.

No entanto, quando é bem utilizado, o cartão de crédito pode ser um importante aliado. Primeiramente, ele permite parcelar compras. Então você pode adquirir produtos pagando uma fração do valor ao longo de um período, em vez de ter que pagar o preço de uma só vez.

Os cartões também dão acesso a outros benefícios. Um dos principais benefícios é o programa de ponto. Nesse cenário, as compras que você faz no crédito se convertem em pontos que podem ser trocados por produtos, passagens aéreas e outras vantagens.

Outra vantagem que os cartões de crédito podem oferecer é o cashback. Com ele, você faz compras e recebe um pequeno percentual desse dinheiro de volta — diminuindo uma parte dos seus gastos.

Desenvolva a sua educação financeira

Nunca é tarde para começar a se relacionar melhor com o próprio dinheiro, concorda? Para ajudar você a sair do vermelho e melhorar seu padrão de vida, vale desenvolver a sua educação financeira.

O objetivo dela é melhorar como você lida com o dinheiro, facilitando a gestão dos seus recursos. Assim, é possível evitar gastos desnecessários e a ocorrência de novas dívidas.

A educação financeira também colabora para seu controle emocional. Com isso, você fica menos suscetível a tomar decisões impulsivas e pode usar o dinheiro com mais inteligência ao longo do mês.

Crie uma reserva de emergência

Além de organizar as suas finanças, vale a pena focar na construção de uma reserva de emergência. Como o nome sugere, ela é formada por recursos que servem como a sua “rede de proteção” contra imprevistos.

Isso acontece porque existem diversas situações cotidianas que podem gerar gastos não planejados. Se esses quadros ocorrerem, você terá seu planejamento financeiro afetado e pode ser ainda mais difícil conseguir sair da inadimplência.

Portanto, a reserva de emergência tem um papel relevante em seu orçamento. Com a construção dela, você diminui as chances de ter que mudar o seu planejamento financeiro para lidar com gastos emergenciais. Além disso, é possível reduzir os riscos de ficar inadimplente de novo.

Como referência, o ideal é que a reserva cubra, pelo menos, 6 meses dos seus custos médios. E você pode aplicar o dinheiro da reserva para garantir rentabilidade para esse montante.

Nesse caso, priorize investimentos com segurança e com liquidez diária — pois você precisa de facilidade para acessar o dinheiro, combinado?

Comece a investir

Por fim, após conseguir regularizar sua situação financeira e sair do vermelho, é interessante começar sua jornada no mercado de investimentos. Ao investir, é o dinheiro que passa a trabalhar para você. Dessa forma, é possível acumular patrimônio e melhorar seu padrão de vida.

Ao contrário do que pode parecer, aproveitar as oportunidades do mercado financeiro não precisa ser difícil e nem é restrito a quem tem grandes quantias disponíveis. Abrindo sua conta no Digio, por exemplo, seu dinheiro renderá diariamente mais que a poupança, com base no Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Além da sua conta, você pode buscar outros investimentos. Para tanto, você deve considerar o seu perfil de investidor, que pode ser:

  • conservador: de baixa tolerância ao risco;
  • moderado: capaz de equilibrar investimentos mais previsíveis com outros arriscados;
  • arrojado: assume mais riscos em busca de melhores retornos.

Após identificar o seu perfil, trace seus objetivos financeiros. Eles serão o guia para você selecionar os investimentos e avaliar os seus resultados no mercado.

Mesmo começando com pouco, os investimentos podem gerar resultados positivos no longo prazo. Assim, você pode ter uma vida financeira mais saudável e diminuir as chances de lidar com novos atrasos nas dívidas no futuro.

Para diagnosticar como está sua vida financeira e entender quais aspectos você pode melhorar, acesse o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro. Trata-se de um questionário, criado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), para entender o nível de conhecimento da população sobre educação financeira básica, buscando criar uma relação mais benéfica entre renda e gastos, além de instruir para a melhor utilização de produtos financeiros.

Quer saber mais sobre organização financeira? Veja 8 passos para se tornar financeiramente independente!


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