Aprenda a negociar dívidas e fique no azul

Aprenda a negociar dívidas e fique no azul

Para ter uma vida financeira estável e saudável, é essencial saber administrar o seu dinheiro e evitar dívidas. Porém, em determinados momentos, como em períodos de crise, esse cenário pode se tornar inevitável, não é mesmo?

Se você estiver nessa situação, não precisa se apavorar! Em vez disso, é fundamental saber como negociar dívidas. Afinal, o ideal é não deixar essa situação se prolongar e, quanto antes você resolvê-la, melhor.

Tem interesse em saber como negociar suas dívidas e pagar o que deve para ter uma vida financeira mais equilibrada? Confira as dicas e informações deste artigo!

Quais as vantagens de negociar dívidas?

Quando você decide negociar as dívidas que estão pendentes, é possível obter diversas vantagens, sabia? Para se motivar a dar o primeiro passo nesse sentido, vale a pena saber quais são os principais benefícios de correr atrás da negociação.

Veja só!

Diminuição o pagamento de juros

Quando você tem uma dívida, é comum ter que pagar uma taxa de juros pelo atraso ou inadimplência. Porém, dependendo da empresa que for a sua credora, os juros podem ser bem elevados — e isso pode dificultar o seu pagamento.

Por isso, a primeira vantagem de negociar dívidas é que você pode pagar menos juros. Ao buscar um acordo, o próprio credor pode reduzi-los ou, ainda, você pode transferir a dívida para outra empresa que ofereça condições melhores de pagamento. Dessa forma, fica mais fácil pagar o débito, não é mesmo?

Melhoria nas condições de pagamento

Além da vantagem de pagar juros menores, ao negociar as suas dívidas é possível modificar as suas condições de pagamento. Isso significa que você pode pagar a dívida em parcelas ou conseguir mais prazo para quitar o parcelamento que já existe.

Assim, você pode buscar um acordo de modo que a sua dívida em aberto fique mais flexível e que não seja tão pesada para o seu orçamento.

Pode acontecer de a parcela da dívida atual ser muito elevada e difícil de quitar mensalmente. Logo, em uma negociação, você pode conseguir combinar prestações mais baixas para pagar a conta.

O único ponto para tomar cuidado é se você decidir aumentar o número de parcelas e colocar a dívida em um prazo muito longo. Nessa circunstância, você corre o risco de ter que pagar um valor muito maior devido à incidência dos juros com o tempo, beleza?

Mais organização e planejamento financeiro

Outra vantagem de negociar as suas dívidas é que essa pode ser uma forma de melhorar a sua organização e o seu planejamento financeiro pessoal. Isso acontece porque, ao conseguir uma taxa de juros menor ou alterar as suas parcelas, é possível reduzir gastos e economizar.

Consequentemente, você pode cuidar melhor do seu dinheiro, pagando suas contas com mais tranquilidade e planejamento.

Prevenção de novas dívidas

Ao negociar as suas dívidas, além de entender melhor o seu orçamento, você passa a compreender por que elas aconteceram. Ou seja, esse é um excelente momento para refletir sobre quais foram os erros e motivos que o levaram a se endividar.

Desse modo, você se torna mais consciente sobre seus gastos e consegue melhorar a administração do seu dinheiro. Com isso, fica mais fácil fazer escolhas mais inteligentes e tomar atitudes que contribuem para evitar que novas dívidas aconteçam.

Perceba, então, que a negociação também será uma forma de aprender com os erros para que eles não se repitam e voltem a afetar a sua vida financeira. Interessante, né?

Previne o crescimento das dívidas

Quando você contrai uma dívida e não a paga rapidamente, há um efeito “bola de neve” por causa das taxas de juros. Dessa maneira, ela tende a aumentar cada vez mais enquanto não for quitada. Além disso, quanto maior for a taxa, maior será a sua bola de neve financeira.

É por isso que outra vantagem de negociar os débitos é a possibilidade de controlar suas dívidas e fazer com que elas parem de crescer. Com o processo, você ganha um respiro no orçamento e consegue se reorganizar financeiramente para pagá-las.

Garante mais alívio e tranquilidade

Sabia que negociar e, principalmente, quitar dívidas, pode ajudar a sua saúde mental e o seu bem-estar? Isso acontece porque, a partir dessas medidas, você passa a ter mais benefícios — como alívio e tranquilidade em seu cotidiano.

Vale destacar que os problemas financeiros costumam afetar a saúde das pessoas. Muitas não conseguem dormir direito, sem dificuldades para se concentrar e sofrem com ansiedade, depressão, estresse, medo, desespero e outros sintomas. É o seu caso?

Por outro lado, quando você negocia e resolve débitos, pode viver de modo mais tranquilo, e aliviado. Afinal, você não está devendo dinheiro para ninguém e acaba com o fantasma dos atrasos e cobranças.

Tira o seu nome do vermelho

Além de todas as vantagens anteriores, existe outro ponto positivo de negociar dívidas que é muito importante: essa é uma forma de tirar o seu nome do vermelho. Ao começar a pagar o acordo de uma dívida, a eventual negativação já será retirada do seu CPF e você deixa de ter o nome com restrições em órgãos de proteção ao crédito.

A partir daí, o seu score de crédito pode melhorar e você tem mais facilidade para conseguir crédito. Ou seja, fica mais fácil obter empréstimos ou financiamentos, por exemplo. Mas lembre-se de que é essencial gastar com consciência para não sofrer com novas dívidas ao conseguir crédito, certo?

Como saber se tenho dívidas em meu nome?

Como você viu, existem diversas vantagens em negociar as suas dívidas. Porém, você pode ter dúvidas sobre como saber se você tem dívidas em seu nome ou não. Em geral, quando há pendências financeiras, os credores entram em contato para regularizar a conta.

Já se a sua preocupação é saber se você está negativado, você pode fazer consulta em um birô de crédito, como a Serasa ou o SPC Brasil. Basta fazer um cadastro nesses birôs (ou login, caso já tenha uma conta) e informar o seu CPF.

A partir disso, essas plataformas mostrarão como está a sua situação financeira, apresentando eventuais pendências e o seu score de crédito. Com a pesquisa, há como confirmar se o seu nome está sujo ou não — embora possam existir dívidas que ainda não levaram à negativação.

Como negociar as dívidas?

Agora que você já sabe como descobrir se tem dívidas em seu nome, está na hora de entender como negociá-las. Acompanhe as dicas e orientações a seguir para saber mais!

Considere a sua renda e as suas despesas mensais

Ter clareza sobre a sua realidade financeira é fundamental para negociar e pagar as suas dívidas. Portanto, a primeira orientação é considerar a sua renda e as suas despesas mensais (fixas e variáveis).

Nesse momento, é essencial saber quanto recebe e quanto gasta todo mês. A partir disso, você poderá avaliar se há sobras no orçamento e definir o que fazer para otimizar as finanças, a fim de honrar os seus débitos.

Talvez seja necessário fazer algumas reduções ou cortes no seu orçamento — mesmo que temporariamente. Ainda, pode ser o caso de mudar alguns hábitos de consumo.

O importante, nesse primeiro momento, é ter recursos suficientes para lidar com suas dívidas. Após quitá-las, você pode rever o seu orçamento e voltar a ter os gastos que tinha — desde que eles não excedam o seu orçamento.

Entre as medidas que você pode adotar para otimizar as suas despesas estão:

  • reduzir o seu plano de telefonia fixa ou móvel;
  • diminuir a frequência com que costuma sair e gastar;
  • cortar serviços de streaming (caso tenha mais de um) ou contratar um plano mais barato;
  • dar preferência para refeições caseiras, inclusive ao levar marmitas para o trabalho.

Com essas e outras atitudes, você poderá economizar e ter mais dinheiro para pagar as suas dívidas. Já se não houver o que cortar ou reduzir do seu orçamento ou se você não quiser abrir mão dos seus gastos, vale considerar fazer uma renda extra.

A medida permite aumentar as suas receitas para atender aos seus compromissos financeiros com maior tranquilidade.

Saiba o valor real da sua dívida

Além de considerar a sua renda e as suas despesas mensais, é essencial saber qual é o valor real da sua dívida. A partir desse conhecimento, você poderá se organizar e se programar para pagar os seus débitos.

Então a dica é anotar todas as suas dívidas, assim como as taxas de juros e os prazos. Com base nesses registros, você poderá negociar de modo mais informado com seus credores.

Priorize as dívidas mais caras

Ao anotar as suas dívidas, você conseguirá visualizar quais são aquelas que possuem um peso maior no seu orçamento pessoal. Com essa informação, priorize o pagamento dos débitos com taxas mais elevadas.

Se você tem, por exemplo, uma dívida com uma taxa de 120% ao ano (a.a.), como a do cartão de crédito, e outra de 18% a.a., priorize o pagamento da primeira. O motivo é simples: o seu débito poderá se tornar muito maior com a ação do tempo no primeiro caso.

Monte um planejamento financeiro

Após considerar os pontos anteriores, você já terá os principais dados para começar a negociar as suas dívidas. Porém, antes mesmo de entrar em contato com os credores é essencial elaborar um planejamento financeiro. Com ele, você poderá definir o passo a passo para lidar com seus débitos.

Organize a ordem que as dívidas serão pagas, em quanto tempo você pretende quitá-las e qual a quantia que você poderá destinar mensalmente para essa finalidade. O ideal é separar pelo menos 10% do seu orçamento para lidar com seus débitos, acelerando a quitação.

Entre em contato com seus credores

Agora que você já conhece os principais pontos para se preparar para uma negociação de dívida, é hora de colocá-la em prática. Para tanto, você deve entrar em contato com seus credores, como por e-mail, telefone, aplicativo ou site, por exemplo.

Nesse contato, é importante manifestar o interesse de fazer um acordo para pagar as dívidas pendentes. Assim, você poderá negociar o pagamento de modo mais vantajoso.

Faça anotações e perguntas

Quando você entrar em contato com seus credores, o mais comum é que diferentes condições sejam apresentadas. Porém, antes de aceitar é essencial ter a certeza de que você entendeu as propostas trazidas, certo?

Portanto, anote as informações que forem passadas, como em relação a taxas, juros e prazos e, se tiver dúvidas, pergunte. Isso é fundamental para ter mais transparência e tomar decisões acertadas.

Não aceite qualquer proposta

Ao entrar em contato com seus credores, naturalmente você receberá uma ou mais propostas para quitar as suas dívidas. No entanto, evite aceitá-las de imediato — mesmo que elas pareçam ser adequadas para o seu caso.

Em vez disso, negocie e tente propor uma condição melhor para o pagamento dos seus débitos, por exemplo. Explique a sua situação, construa bons argumentos e seja persuasivo. Um bom diálogo pode resultar em condições ainda melhores para pagar os seus débitos.

Se você tiver condições de pagar a dívida à vista, pode ser interessante pedir um desconto maior, combinado?

Considere transferir a dívida para outra instituição financeira

Se ao negociar com seu credor, vocês não conseguirem chegar a uma solução que funcione para as duas partes, é possível considerar a portabilidade de crédito. Nesse processo, você transfere a sua dívida para outra instituição financeira com condições mais atrativas de pagamento.

A portabilidade é uma alternativa para você lidar com as dívidas mesmo se a negociação inicial com os credores não sair como o esperado. Vale destacar que esse processo é totalmente gratuito e os seus direitos como consumidor são garantidos na operação.

Evite fazer novas dívidas

Ao seguir as orientações acima, você estará no caminho certo para quitar as suas dívidas e ficar com o nome limpo. Contudo, não adianta conquistar esse resultado se, depois, você contrair novas dívidas, certo?

Se isso acontecer, você apenas estará em um ciclo constante de débitos e pagamento de juros. Portanto, após negociar e resolver suas pendências financeiras, procure se organizar para não contrair mais dívidas.

Para esse propósito, gaste menos do que ganha, economize, poupe e invista mensalmente. Desse modo, mesmo em momentos mais difíceis e conturbados, você conseguirá evitar maiores problemas e contratempos.

Essas dicas foram úteis? Para saber como cuidar ainda melhor da sua vida financeira, veja o que é a reserva de emergência e saiba como fazer a sua!


Compartilhar o artigo