Inclusão financeira: a importância do acesso a recursos financeiros básicos

Inclusão financeira: a importância do acesso a recursos financeiros básicos

A inclusão financeira é um dos pilares da cidadania financeira, um conceito que busca garantir que o cidadão possa gerenciar bem seus recursos financeiros, além de ter seus direitos e deveres respeitados.

Para entender melhor o que é a inclusão financeira dentro deste conceito, neste conteúdo veremos mais a fundo o seu significado, qual a sua importância para a sociedade, os desafios enfrentados para a sua implementação, além de como o Banco Digio vem trabalhando para promover essa inclusão dentro da sociedade brasileira. Vamos lá!

 

O que é inclusão financeira?

​A inclusão financeira é um processo que visa garantir que indivíduos e empresas tenham acesso a produtos e serviços financeiros essenciais, como contas bancárias, crédito, seguros, investimentos e meios de pagamento. Esse acesso deve ser oferecido de forma segura, acessível e adequada às necessidades de cada pessoa ou negócio, permitindo que participem plenamente da economia formal.

No contexto brasileiro, a inclusão financeira é especialmente importante para promover o desenvolvimento econômico e social. Ela contribui para a redução da pobreza e das desigualdades, ao proporcionar às pessoas ferramentas para gerenciar melhor seus recursos, planejar o futuro e lidar com imprevistos.

Importante ressaltar que a inclusão financeira no Brasil é um processo em constante evolução, que exige esforços contínuos para garantir que todos tenham as ferramentas e o conhecimento necessários para participar plenamente da vida econômica, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.

 

Qual a importância da inclusão financeira?

A inclusão financeira é um dos pilares fundamentais da cidadania financeira, por isso, possui uma grande relevância para o desenvolvimento econômico e social do país.

Confira a seguir as principais razões pelas quais a inclusão financeira é essencial para a sociedade:

Promoção da estabilidade financeira

Integrar mais pessoas ao sistema financeiro formal significa garantir que mais indivíduos e comunidades possam ter acesso a ferramentas que auxiliam na gestão de seus recursos, no enfrentamento de crises econômicas e na construção de reservas financeiras.

Isso fortalece a estabilidade não apenas das famílias, mas também dos mercados locais e da economia como um todo, reduzindo vulnerabilidades sociais.

Redução da pobreza e desigualdade

Ao permitir que pessoas de todas as classes sociais participem da economia formal, a inclusão financeira facilita o acesso a oportunidades de geração de renda, crédito, investimentos e segurança financeira.

Esse acesso a produtos financeiros básicos ajuda as pessoas a construir seu patrimônio, protegê-lo contra riscos e ampliar suas chances de mobilidade social, especialmente em países emergentes como o Brasil.

Fomento do empreendedorismo

A oferta de crédito, contas digitais, maquininhas de pagamento e outros serviços financeiros adequados impulsionam o empreendedorismo. Com essas oportunidades, pequenos negócios, autônomos e microempreendedores conseguem crescer, inovar e gerar empregos com o suporte de linhas de crédito acessíveis e de soluções financeiras inteligentes.

Dessa forma, a inclusão financeira não apenas transforma vidas individuais, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades.

Melhoria na qualidade de vida

A inclusão financeira fornece ferramentas que ajudam as pessoas a se protegerem de situações inesperadas, como desemprego, emergências médicas e acidentes. Ainda, o acesso à poupança, seguros e crédito responsável permite que as famílias construam redes de proteção financeira, trazendo maior tranquilidade, segurança e qualidade de vida.

Planejamento do futuro

Ter acesso a instrumentos financeiros, como contas de poupança, crédito acessível e seguros adequados facilita o planejamento de grandes conquistas, como abrir um negócio, adquirir uma casa própria ou investir em educação.

Ter acesso a esses recursos permite que as pessoas realizem sonhos de longo prazo, preparando-se de maneira estruturada para os desafios e oportunidades que surgirem ao longo da vida.

 

Avanço da inclusão financeira no Brasil

​A inclusão financeira no Brasil tem avançado de maneira significativa nos últimos anos, impulsionada por inovações tecnológicas, políticas públicas focadas na democratização do acesso aos serviços financeiros e a atuação crescente das fintechs.

O Relatório de Economia Bancária, publicado pelo Banco Central em 2024, traz uma comparação detalhada sobre a inclusão financeira entre junho de 2018 e dezembro de 2023. A partir dos dados apresentados, é possível identificar avanços importantes que apresentam um cenário mais promissor para o futuro do país. Veja alguns deles a seguir:

  • Bancarização: o número de usuários ativos no Sistema Financeiro Nacional e no Sistema de Pagamentos Brasileiro cresceu 103,2% no período. Esse crescimento expressivo indica que mais pessoas passaram a fazer parte do sistema financeiro formal, utilizando seus serviços de forma ativa e contínua.
  • Pessoa física: em 2018, apenas 46,8% da população adulta brasileira possuía uma conta em banco, totalizando 77,2 milhões de pessoas. Já em 2023, esse número saltou para 152 milhões de clientes, o que representa 87,7% da população adulta. Este avanço demonstra que a bancarização está se expandindo para além dos grandes centros urbanos, alcançando diversas regiões do país.
  • Pessoa jurídica: a inclusão financeira também avançou entre empresas. O número de clientes pessoa jurídica cresceu de 3,4 milhões para 11,6 milhões, evidenciando que mais negócios passaram a contar com acesso a serviços bancários, fundamentais para sua operação e expansão.

Outro estudo do Banco Central também aponta uma maior inclusão financeira entre os brasileiros de baixa renda:

  • Bancarização da população de baixa renda: em 2021, cerca de 82% dos brasileiros de baixa renda tinham conta em banco, mostrando que 8 em cada 10 pessoas economicamente vulneráveis estavam incluídas no sistema financeiro. Esse resultado é muito importante, considerando o papel da inclusão financeira na promoção da igualdade de oportunidades e na redução das desigualdades sociais.

 

Iniciativas e avanços que impulsionaram a inclusão financeira

Diversas iniciativas e avanços tecnológicos foram fundamentais para tornar o acesso financeiro mais amplo e democrático ao longo dos anos. Dentre eles, podemos destacar:

Fintechs

O crescimento de startups financeiras revolucionou o mercado bancário, oferecendo aplicativos e plataformas digitais que facilitam a abertura de contas, concessão de crédito, investimentos e outros serviços. Essas soluções são particularmente importantes para pessoas em regiões remotas ou sem acesso fácil a agências bancárias tradicionais.

Open Finance

O sistema financeiro aberto permite que os consumidores compartilhem seus dados entre instituições autorizadas, promovendo mais transparência, concorrência e a criação de produtos personalizados para diferentes perfis de clientes.

Neste contexto, o Open Finance amplia o poder de escolha dos consumidores e incentiva práticas financeiras mais justas e acessíveis.

Pix

Lançado em 2020, o Pix tem desempenhado um papel crucial na inclusão financeira, principalmente entre a população de baixa renda.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas com o Banco Central e a Gates Foundation, cerca de 90% dos adultos de baixa renda possuem pelo menos uma chave Pix. Além disso, em 2024, a média mensal de usuários ativos do Pix chegou a 60% da população brasileira, mostrando que o sistema instantâneo de pagamentos se tornou uma ferramenta essencial para o dia a dia das pessoas.

A partir destes dados, podemos ver que o Brasil tem feito progressos notáveis em relação à inclusão financeira nos últimos anos. Porém, ainda é necessário investir em ações para que esses números se tornem cada vez melhores. E é sobre isso que falaremos a seguir.

 

Quais os desafios da inclusão financeira no Brasil?

Apesar do avanço da inclusão financeira nos últimos anos, o Brasil ainda enfrenta diversos desafios que impedem que milhões de pessoas tenham acesso pleno e efetivo aos serviços financeiros.

Entenda melhor alguns dos principais obstáculos enfrentados:

Falta de educação financeira

Segundo pesquisa realizada pelo Banco Central e o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), numa escala de 0 a 100, o nível de letramento financeiro do brasileiro ficou em 59,6. Esse índice revela que, embora haja algum conhecimento básico, a maioria da população ainda não possui um conhecimento aprofundado sobre conceitos financeiros essenciais, como orçamento pessoal, investimentos, crédito consciente e seguros.

Sem o devido entendimento de como funcionam produtos como crédito pessoal, cartão de crédito, seguros ou aplicações financeiras, muitas pessoas acabam limitando seu potencial de organização financeira, investimentos e crescimento patrimonial.

Acesso limitado a serviços financeiros em áreas remotas

Em regiões periféricas e rurais, a infraestrutura bancária ainda é muito limitada, o que dificulta o acesso da população aos serviços financeiros. A ausência de agências bancárias, correspondentes e caixas eletrônicos dificulta o acesso da população a serviços básicos, como saques, depósitos e contratação de crédito.

Além disso, essas regiões frequentemente enfrentam problemas de conectividade digital. A falta de acesso à internet ou a internet de baixa qualidade impede que as soluções financeiras digitais, como aplicativos de bancos e carteiras digitais, sejam usadas de forma plena. Essa realidade reforça a exclusão financeira de populações que já são vulneráveis.

Sub-bancarização

Embora muitos brasileiros possuam contas bancárias, uma parcela considerável utiliza apenas serviços básicos, como depósitos e saques, sem explorar outras funcionalidades financeiras disponíveis. Esse fenômeno é chamado de sub-bancarização.

Essa realidade se deve, em grande parte, à falta de conhecimento sobre os benefícios desses produtos e à percepção de que são complicados ou desnecessários. Isso faz com que mesmo as pessoas que são bancarizadas não aproveitem todas as oportunidades que o sistema financeiro pode lhes proporcionar.

Burocracia e custos elevados

Apesar do surgimento das contas digitais gratuitas e da ampliação da competição no setor financeiro, ainda existem algumas barreiras burocráticas e custos que dificultam a inclusão de parcelas mais vulneráveis da população. Muitas vezes, a abertura de uma conta corrente tradicional exige uma série de documentos que nem todos conseguem reunir, especialmente pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Além disso, algumas contas bancárias tradicionais ainda possuem tarifas de manutenção, taxas sobre movimentações e serviços adicionais cobrados separadamente. Esses custos podem desencorajar o uso contínuo dos serviços bancários, especialmente entre aqueles que possuem rendas mais baixas e preferem manter suas finanças fora do sistema bancário formal.

Desigualdade no acesso ao crédito

O acesso ao crédito é uma ferramenta essencial para a inclusão financeira, pois possibilita investimentos pessoais e empresariais que promovem o crescimento econômico.

Porém, no Brasil, a concessão de crédito ainda é desigual. Os microempreendedores, autônomos e indivíduos de baixa renda frequentemente encontram barreiras para obter empréstimos ou financiamentos, devido a exigências de comprovação de renda, histórico de crédito ou garantias.

Essa desigualdade no acesso ao crédito acaba limitando as oportunidades de crescimento, de geração de renda e de superação da vulnerabilidade social para muitos brasileiros.

 

De que forma o Banco Digio auxilia na inclusão financeira?

O Banco Digio entende que é muito importante utilizar uma abordagem voltada para a promoção da inclusão financeira, com o objetivo de que todos os brasileiros tenham acesso justo, seguro e consciente aos serviços bancários.

Veja a seguir algumas estratégias adotadas pelo Digio para propagar a inclusão financeira:

  • Conta digital gratuita: o Digio oferece aos seus clientes uma conta digital gratuita, ou seja, sem taxas escondidas ou qualquer outra tarifa que possa ser cobrada para sua manutenção.
  • Crédito para negativados: nós também oferecemos opções de empréstimo para pessoas cujo nome está negativado em órgãos de proteção ao crédito, como o SPC ou Serasa. Isso aumenta as chances desse público ter acesso ao crédito para colocar em ordem sua vida financeira.
  • Empréstimo consignado: oferecemos linhas de crédito consignado público e privado. Esse tipo de empréstimo possui taxas reduzidas e está disponível para diferentes grupos, como aposentados, pensionistas, servidores públicos e trabalhadores CLT.
  • Educação financeira: os conteúdos do Blog do Digio também ajudam o consumidor a entender melhor como funcionam os diferentes serviços e produtos financeiros, o que aumenta as chances de utilizá-los da melhor forma para melhorar sua vida.

Com essas iniciativas, o Digio demonstra seu compromisso com a inclusão financeira, buscando não apenas oferecer serviços bancários, mas também empoderar seus clientes a gerir suas finanças de maneira consciente e segura.

 

Quer saber mais sobre os outros pilares da cidadania financeira e outros temas ligados às suas finanças? Navegue pelo Blog do Digio e confira nossos conteúdos exclusivos!


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