Selic a 15%: como a alta dos juros afeta o crédito e o bolso do trabalhador

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a Selic para 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006. A elevação de 0,25 ponto percentual, anunciada em 18 de junho de 2025, foi motivada por uma inflação persistente e riscos fiscais, embora o comunicado indique que este pode ser o último ajuste neste ciclo.
Por que a Selic subiu?
A decisão foi motivada pela persistência da inflação acima da meta, com o IPCA acumulado superando o teto estabelecido, além de fatores como o dinamismo da economia e o cenário internacional volátil.
O comunicado do Copom aponta que este pode ser o último aumento do ciclo, mas reforça que a taxa permanecerá elevada por um período prolongado, inclusive com possibilidade de novos ajustes caso a inflação volte a pressionar.
Impactos no crédito e nas taxas de juros
A Selic, que serve como referência para todas as demais taxas de juros no Brasil, exerce impacto direto sobre financiamentos, cartões e operações de empréstimos, como o crédito consignado.
Com a Selic em 15%, bancos e financeiras repassam esse aumento para o consumidor, elevando o custo do crédito. Mesmo modalidades mais baratas, e com desconto em folha, não escapam do repasse do aumento, ainda que a garantia da renda ofereça condições mais vantajosas em comparação ao crédito pessoal tradicional.
Como isso afeta o consumidor?
Para o trabalhador, o cenário de juros altos significa que o crédito fica mais caro. Por isso, é fundamental avaliar a necessidade de contratação de empréstimos e, se for o caso, dar preferência a opções com taxas reduzidas – como a Antecipação do Saque-Aniversário FGTS e o Crédito do Trabalhador.
Além disso, a elevação da Selic tende a desacelerar o consumo e o ritmo da economia, uma vez que torna mais caro o acesso ao dinheiro por parte das famílias e das empresas.
Em contrapartida, esse ambiente favorece investidores em produtos de renda fixa, como o Tesouro Selic e CDBs pós-fixados, que agora oferecem rendimento superior ao da poupança.
Dicas para se proteger em um cenário de juros altos
Em meio a este cenário de alta na Selic, o Digio preparou algumas dicas para ajudar você a se proteger financeiramente:
- Reavalie o uso do crédito: antes de contratar um empréstimo, compare os juros com outras opções, analisando se existem alternativas mais vantajosas.
- Priorize o capital próprio: sempre que possível, use reservas em renda fixa atreladas à Selic, que rendem mais com a alta, em vez de recorrer a crédito mais caro.
- Aposte em modalidades de renda fixa conservadoras: o Tesouro Selic e os CDBs pós-fixados são boas opções para deixar seu dinheiro guardado, com rendimento real superior à poupança.
- Cuidado com o endividamento: juros altos encarecem as parcelas e prolongam prazos de pagamento. Por isso, é recomendável evitar comprometer mais de 30% da renda líquida com dívidas, garantindo maior fôlego financeiro.
Fique atento às publicações do blog do Digio e atualize-se sobre os assuntos que impactam sua vida financeira!